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CONSEQUÊNCIAS  E CONSEQUENTES...

 

Às vezes a gente paga pelos "crimes" dos outros... Às vezes fazemos os outros pagarem pelos nossos 'crimes"... É difícil esquecer o que nos fizeram de ruim e o quanto muitas vezes nos fizeram sofrer, mas a vida segue, se reinventa, novas pessoas e novos acontecimentos surgem todo o tempo. Como um rio a vida segue e a água que passou não volta, é uma nova que está correndo diante dos nossos olhos. O segredo é entender que o rio não é a água e que a água que passou já esta muito longe de fazer parte de nossa vida, já se misturou na imensidão do mar das memórias e pertence as profundezas de um mar que precisa ser esquecido, pois já cumpriu o seu papel e merece descansar.
Lembrar e carregar no peito o sofrimento do passado nos impede de seguir adiante e perceber o que há de novo no presente. 
Só nos repetimos quando ainda não aprendemos a nossa lição. Quando nos transformamos, a situação pode ser parecida, mas traz na essência a oportunidade maior do "final feliz", de verdade ela é o nosso "final feliz", esperando só o nosso rompimento com o pacto de sofrimento, pra acontecer em nossa vida.

A memória nos resta aceitar e deixa-la repousar, sem mágoas e sem ressentimentos.

Quando entendemos que o legado do passado não é a memória da tragédia, e sim o caminho que aprendemos a percorrer para que ela não aconteça novamente, a paz preenche nosso coração e podemos seguir adiante, com a lição aprendida e um horizonte diante dos olhos.

 

AS ESCOLHAS E RESPONSABILIDADES DO OUTRO


Muito se fala hoje em dia sobre as ditas escolhas. Para os que estão em momentos felizes tudo em paz com as escolhas, para os que estão vivendo muitos problemas ou seu "inferno astral" um "jogo de culpas que faz tanto mal". Antigamente a culpa residia em infringir as regras de uma sociedade rígida e regida por conceitos imutáveis: homens são chefes de família e sustentam sua prole e mulheres são mães, esposas e cuidam do lar. Sair de certos papéis tinha o preço inexorável da culpa. Se a ousadia desse errado, a culpa era sua e se desse certo? Bem... se desse certo você carregaria a culpa de não usufruir das benesses de cumprir com o seu papel e viveria a felicidade de suas conquistas com certo decréscimo e com o fantasma do que poderia ter sido no "cumprimento do dever". Mas e hoje?
A tal da culpa vem acoplada, como numa venda casada, com a descoberta de que você tem o poder sobre o seu destino e pode fazer o que quiser! Se der certo, seu mérito, de Deus e do que mais você estiver a fim de dividir os créditos. Se der errado, sua culpa, sua responsabilidade. E assim pronto: satanizaram o livre arbítrio! Fizeram-te escravo das consequências e a culpa reina soberana...
Claro que esse estado de espirito que aperta o coração e gera pessimismo e tristeza, além de baixa estima e ira, atinge apenas aqueles que de alguma forma ainda se norteiam por alguns princípios de respeito ao próximo e por valores que hoje estão cada vez mais decadentes, diante da arte da relativização de todas coisas, é claro.
Como aparentemente não tem muita saída pra esse drama moderno e você não pode culpar ninguém, porque ao faze -lo assina mais ainda sua sentença de fracassado pós -moderno, criaram as fluoxetinas e os citaloprams da vida. Você toma e depois de um tempinho fica feliz de novo apagando certas coisas da cabeça. O “looping”  é interrompido.
Mas de verdade esse “looping” de critica, autocritica e tristeza, pode ser interrompido de outras formas. A melhor e mais barata delas é se dar ao trabalho de pensar a própria vida e não ser tão soberbo a ponto de se responsabilizar por tudo. Dividir a carga e aceitar que o outro tem a parcela dele de responsabilidade, que você tem o direito de ficar puto da vida, de xingar e até de gritar de dor. Pode não adiantar ou resolver o problema, mas é um direito que lhe assiste. Você pode até mesmo mandar o desafeto pros quintos dos infernos.
Só se lembre de uma coisa, se uma emoção não te liberta ela te escraviza! Se ao entregar pro outro conscientemente a responsabilidade por suas atitudes geradoras de prejuízo e dor, através do mecanismo que melhor te satisfizer, isso não te libertar e ao contrario fizer você mais cativo do “looping” de infelicidade, você caiu na armadilha da auto piedade.
Não é bom ser escravo da onda de só ter responsabilidades, mas também não traz felicidade a auto piedade.
É saudável sim ver e saber que você fez o que pode, mas que o outro contribuiu pra você se ferrar. É saudável entregar a responsabilidade pro outro, mas não exigir indenização. Lembre que se o outro partilhasse dos mesmos princípios e propósitos que você, o conflito não existiria. Então é bem lógico imaginar, que ele não vai pagar a conta que você esta apresentando, e provavelmente vai mesmo é lhe devolver argumentos e indiferenças que lhe trarão mais sofrimento. 
Há pessoas que devem sair da sua vida pro seu próprio bem, quando você não se encarrega de retira-las, a vida o faz por uma questão de vibração, frequência e sintonia. Não se engane, tem gente que precisa ir pra longe. Porque tem gente nova que precisa chegar mais perto, pois assim a vida se renova, a gente se renova e o coração se alegra.

A DOR DO OUTRO TE AJUDA A ESCONDER A SUA?

 

Que dor sua você esconde quando exalta as dores alheias?

Tenho visto muita gente bacana repartir o ódio que vem das más notícias, com o argumento "tá tudo de mal a pior" ou equivalentes. Vejo pouca gente partilhando notícias boas, se dando ao trabalho de ler o mundo de uma maneira diferente.

Todos nós sabemos que as coisas da vida são complicadas, que a vida é difícil de ser vivida porque nem todos nós temos os mesmos interesses, desejos, paixões, opiniões e pontos de vista! Em casa um filho quer algo diferente do pai ou da mãe, as divergências fazem parte da vida e a superação delas também!

Mas o que isso tem haver com as dores?

Maldade, ódio, violências de toda sorte, contra gente, contra animais, contra a natureza, contra, contra, contra, já se perguntou por que isso te atrai tanto? Por que você não consegue parar de olhar? Qual a conexão entre você e toda essa miséria? Se não fez isso, então pare e faça! Com amor por você mesmo, por sua história de vida, com compaixão por você mesmo examine que dor sua você esconde debaixo das dores alheias?

Quem não esconde as próprias dores abraça sua missão nesse planeta e segue sabendo que apenas se segue com amor no coração, tudo o mais é uma ilusão, uma armadilha pra retardar a construção de segundos, minutos, horas, dias e uma vida melhor.

Quando uma dor te tocar, primeiro veja se não está escondendo nenhuma das suas e usando o sofrimento do outro pra aplacar o seu, depois reze, ore, encaminhe uma prece, uma luz para que aquela dor se transforme em algo melhor que um alimentador de trevas. Tenha dentro do coração a coragem de acreditar na luz.

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